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Em sessão realizada nesta sexta-feira (10/3), o Tribunal do Júri da Comarca de Concórdia acolheu a tese apresentada pelo Promotor de Justiça Luis Otávio Tonial, que representou o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) em plenário, e condenou o homem que estrangulou a namorada até a morte e jogou o corpo no rio Uruguai.  

O réu foi sentenciado a cumprir 17 anos e quatro meses de reclusão, em regime inicial fechado, por homicídio quadruplamente qualificado por motivo torpe, asfixia, dissimulação e feminicídio, e pelo crime de ocultação de cadáver. Ele também deverá pagar R$ 50 mil à família da vítima pelos danos morais sofridos.  

Entenda o caso 

Conforme a denúncia, o relacionamento entre o réu e a vítima era conturbado, pois ele sentia muito ciúme dela, fato que resultava em muitas brigas. Cansada da situação, ela estava determinada a terminar o relacionamento.  

Entretanto, na noite do dia 2 de dezembro de 2021, o réu foi ao encontro da vítima na saída do trabalho e, agindo com normalidade, fez com que ela o acompanhasse até sua residência. Na sequência, já dentro da casa, ele a estrangulou, envolvendo seu pescoço com um cinto, impedindo que ela respirasse.  

Ocultação de cadáver 

No outro dia, 3 de dezembro de 2021, após matar a namorada, ele enrolou o corpo dela em um lençol, colocou em seu carro e levou até o interior do município de Alto Bela Vista. Uma câmera de videomonitoramento localizada na residência do réu flagrou o momento em que ele estava com a vítima em seus braços, envolta no lençol, segundos antes de colocá-la dentro do automóvel.  

Ao chegar na margem do rio Uruguai, amarrou pedras ao corpo dela e soltou na água. O corpo submergiu e nunca foi encontrado.  

Recurso 

Cabe recurso da sentença, mas ao réu foi negado o direito de recorrer em liberdade.