O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) denunciou à Justiça o suspeito de matar a companheira a tiros em Capão Alto, na Serra catarinense, em 30 de setembro deste ano. O objetivo é que ele seja julgado e condenado pelo Tribunal do Júri por homicídio com três qualificadoras (feminicídio, motivo torpe e emprego de recurso que dificultou a defesa da vítima) e tenha a pena aumentada por praticar o assassinato na frente do filho dele e da vítima, conforme prevê o Código Penal (artigo 121, parágrafo 7º, inciso III).

Segundo a denúncia elaborada pela Promotoria de Justiça de Campo Belo do Sul, o homem cometeu o crime no âmbito da violência doméstica e familiar, o que caracteriza o feminicídio. Nesse contexto, ele agiu por motivo torpe, pois não aceitava o fim do relacionamento, e usou uma arma de fogo para atingir a vítima, impossibilitando qualquer tentativa de defesa. O homicídio ocorreu por volta das 22h50, sob os olhares do filho de 11 anos.

A Justiça já aceitou a denúncia e o suspeito virou réu em uma ação penal. A Promotora de Justiça Cassilda Santiago Dallagnolo acredita que ele será submetido ao Tribunal do Júri e condenado pela sociedade. "As provas são contundentes, e a melhor resposta para esse crime que abalou a comunidade de Capão Alto é uma sentença severa", diz.