Ouça a Coordenadora-Geral de Políticas para Povos e Comunidades Tradicionais do Ministério da Igualdade Racial, Eloá Mendes; o Promotor de Justiça Jádel da Silva Júnior, titular da 40ª Promotoria de Justiça da Capital; a Coordenadora do Núcleo de Enfrentamento aos Crimes de Racismo e de Intolerância (NECRIM), Promotora de Justiça Ana Luisa de Miranda Bender Schlichting; e a representante do Fórum das Religiões de Matriz Africana, Vanda Gomes Pinedo.
A prevenção e o combate ao racismo e a todas as formas de intolerância foram o centro dos debates no seminário "Visibilidade, políticas e direitos na tradição de matriz africana", realizado nesta segunda-feira (11/11) pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC). O evento reuniu autoridades e sociedade civil no auditório da Procuradoria-Geral de Justiça, em Florianópolis. No início, houve a apresentação do Grupo Cultural Teco.
Promovido pelo Núcleo de Enfrentamento aos Crimes de Racismo e de Intolerância (NECRIM) do MPSC, pela 40ª Promotoria de Justiça da Capital e pelo Centro de Estudos e Aperfeiçoamento Funcional (CEAF), o seminário teve como objetivo promover amplo debate e compartilhamento de ensinamentos relacionados ao racismo religioso e o impacto desta prática para as religiões de matriz africana. A abertura contou com a presença da Coordenadora-Geral de Políticas para Povos e Comunidades Tradicionais do Ministério da Igualdade Racial, Eloá Mendes, e da representante do Fórum das Religiões de Matriz Africana, Vanda Gomes Pinedo. No evento, o Ministério Público de Santa Catarina lançou a campanha de enfrentamento à intolerância religiosa "Sua fé. Sua crença" e os participantes assistiram a um vídeo da iniciativa. Veja mais aqui.
"O Ministério Público ter um evento dessa magnitude para visibilidade política e de direitos dessa população representa um avanço no reconhecimento a partir de uma outra ótica, não somente do enfrentamento da violência, mas também do reconhecimento de serem comunidades que precisam ter os seus direitos assim assegurados", destacou a Coordenadora-Geral de Políticas para Povos e Comunidades Tradicionais do Ministério da Igualdade Racial, Eloá Mendes, ao reforçar a importância ao reconhecimento das populações tradicionais e de matriz africana para a constituição da sociedade brasileira.
Ações institucionais
Ao representar o Procurador-Geral de Justiça na abertura, o Subprocurador-Geral de Justiça para Assuntos Administrativos do MPSC, Paulo Antonio Locatelli, afirmou ser muito gratificante para o Ministério Público catarinense receber a sociedade civil para discussão de temas tão importantes.
"Precisamos ressaltar a relevância em discutirmos de maneira horizontal um tema tão sensível e que representa a desigualdade em nossa sociedade", observou Locatelli, que também destacou o papel do NECRIM desde a sua criação, em 2020, e a série de trabalhos institucionais desenvolvidos pelo MPSC para dar visibilidade ao tema.