Na noite de 31 de julho de 2022, a disputa entre facções criminosas vitimou um homem em Monte Carlo, no Meio-Oeste. Segundo consta nos autos, ele levou um tiro e vários golpes de facão em um bar, não tendo nenhuma chance de se defender. Dezenove meses depois, os dois responsáveis pelo assassinato foram julgados com base na denúncia do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC).

A sessão do Tribunal do Júri aconteceu na segunda-feira (4/3), no fórum de Fraiburgo, e teve 13 horas de duração. Os jurados acataram integralmente as teses apresentadas pela 1ª Promotoria de Justiça da comarca e condenaram os réus por homicídio, reconhecendo ainda o motivo torpe, o meio cruel e o emprego de recurso que dificultou a defesa como qualificadoras, o que pesou na soma das penas.

Cada um dos réus foi sentenciado a 21 anos de reclusão em regime inicial fechado, sem o direito de recorrer em liberdade. Após a leitura da sentença, ambos retornaram para o Presídio de Videira, onde cumprem prisão preventiva desde a época dos fatos.

"O valor que damos à vida reflete quem somos, e os jurados, na condição de representantes legais da sociedade que vive nesta comarca, optaram pela justiça", disse a representante do MPSC.

As qualificadoras

O motivo torpe foi reconhecido pelo fato de o homicídio ter sido praticado em razão da disputa entre facções. Já o meio cruel caracterizou-se pela forma com que os réus agiram, utilizando uma arma de fogo e um facão para matar a vítima. E o emprego de recurso que dificultou a defesa se deve ao fato de os réus terem chegado de surpresa ao local do crime, armados e em superioridade numérica.