É inegável o fato de que na sociedade brasileira contemporânea a igualdade de gêneros é algo que existe apenas na teoria. Medidas como a criação da lei Mulher, apesar de auxiliarem na fiscalização contra a violência ao sexo feminino e na proteção das vítimas, são insuficientes e pouco eficazes, algo comprovado através da alta taxa de feminicídios ocorridos em nosso país, além de enormes índices de relatos de vítimas de violência.
O aumento notório de crimes contra a mulher registrados nas últimas décadas, deve-se a inúmeros fatores. A burocracia presente nos processos de atendimento as vítimas de estupro, por exemplo; recebem acompanhamentos psicológicos adequados, sendo orientadas a realizar o exame de corpo delito, procedimento por vezes invasivo. Além disso, é comum que o relato da vítima tenha sua veracidade questionada, não recebendo a atenção necessária. Com o afastamento de possíveis denúncias, não há redução no número de assassinato e de episódios violentos.
A cultura machista em que estamos inseridos dissemina valores como a culpabilização da vítima, muitas vezes a mulher se cala porque pensa que é a culpada pela violência que sofre. Acredita-se também que apenas a violência física e sexual deve ser denunciada ou que a opressão moral é algo comum. A passividade diante de tais situações cede espaço para o crescimento de comportamento violentos dentro da sociedade.
Tendo em vista as causas dos altos índices de violência contra a mulher, é necessário que haja intervenção governamental para aprimorar os órgãos de defesa contra tais crimes, de modo a tornar o atendimento mais rápido e de forma mais atenciosa.
Não confundam amor com violência! Nada justifica um homem espancar uma mulher; que a nossa voz seja ouvida e a nossa vida seja valorizada.
2º lugar: Naiara, 9º ano
O corpo é meu e ninguém pode me tocar
O corpo é meu e não vou me calar
O corpo é meu e não irei me intimidar
O corpo é meu e irei denunciar.
O corpo é meu e você não pode me obrigar
O corpo é meu e você não pode me agarrar
O corpo é meu e você não pode me incentivar
O corpo é meu e você não pode me culpar.
O corpo é meu e você tem que me respeitar
O corpo é meu e se preciso for irei chorar
O corpo é meu e você não pode me acariciar
O corpo é meu e o mesmo me pertence.
E não, você não vai me encurralar
Não, você não vai me matar
Não, eu não estou sozinha, e não vou me calar!
3º lugar: Mayara, 9º ano
A violência é um problema que assola nossa sociedade e afeta a vida de milhões de pessoas. Seja ela física, psicológica ou verbal, seus efeitos são devastadores e deixam marcas profundas na vida das vítimas. É importante entender que a violência não se resume apenas a agressão física, ela também se manifesta de forma sutil, como o Bullyng, a discriminação e os preconceitos. Essas formas de violência são igualmente prejudiciais e merecem atenção de toda a sociedade.
Para mim, um dos principais fatores para a violência é a desigualdade social. Quando há uma grande disparidade entre os indivíduos em termos de acesso à educação, saúde, moradia e emprego, aumentam as chances de conflitosa e tensões sociais. Além disso, a falta de políticas públicas eficientes para combater a violência também é um grave problema. É necessário investir em programas de prevenção, capacitação profissional e integração social para combater as causas da violência.
A educação desempenha um papel fundamental nas prevenções, precisamos ensinar desde cedo valores, respeito, tolerância e empatia. Além disso, é importante promover o diálogo e a resolução de forma pacífica dos conflitos. A mídia também tem responsabilidade nesse cenário. A exposição constante a violência, em filmes, séries e jogos influencia muito negativamente o comportamento das pessoas, tornando-as mais propensas à agressão.
É fundamental que cada indivíduo assuma a sua responsabilidade na luta contra essas violências. Devemos denunciar casos de agressão, apoiar as vítimas e buscar soluções para os conflitos. A violência não pode ser tolerada em nenhuma circunstância. Precisamos trabalhar juntos para construir uma sociedade mais justa, igualitária e pacífica. Somente assim poderemos viver em um mundo livre de violências e seus efeitos devastadores.