Por aproximadamente uma hora, a Promotora de Justiça Mirela Dutra Alberton apresentou os dados que compuseram a denúncia, com fotos, imagens, depoimentos prestados à Polícia e um discurso acerca da intolerância à violência contra a mulher. "Quis o destino que uma mulher hoje estivesse aqui em Plenário buscando a responsabilização pelo crime covarde e brutal que o senhor cometeu contra a jovem Maria Gabriella", falou a Promotora de Justiça ao réu, que optou por ficar em silêncio durante o depoimento.
Ao se dirigir à família, a Promotora de Justiça enfatizou: "É por meio do meu coração que a Gabriella vai falar hoje".
O momento foi marcado por forte comoção e choro na plateia entre amigos e familiares de Maria Gabriella.
"Éramos amigas de infância e do colégio. Ela sempre frequentava a minha casa. Eu sabia do que ela passava com ele, mas, por pedido dela, eu nunca contei para a tia Débora. Uma vez na escola ela ficou com medo de sair porque ele estava do lado de fora esperando por ela", relembrou a amiga de Gabriella, Thamiris Pollheim Zabel.
O advogado da família da vítima também participou dos debates e durante cerca de meia hora foi enfático ao dizer que não admitiria que o acusado saísse impune da sessão. "É necessário que o Brasil acorde, que o mundo acorde, que Itajaí acorde - mulher não é objeto", enfatizou Rômulo Garcia.