Depois de manifestação do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), e atendendo a pedido da Polícia Civil, o motorista de aplicativo acusado de um estupro consumado e um estupro tentado em São José e de dois roubos de aparelhos celulares em Florianópolis teve a prisão preventiva decretada pela Justiça.

O pedido foi feito pela 2ª promotoria de Justiça da Comarca de São José ao oferecer a denúncia pelos crimes de estupro, endossando representação da autoridade policial.

Os crimes, numa sequência até agora conhecida de três casos, teriam sido cometidos em 13, 15 e 28 de janeiro de 2024, em Florianópolis e São José. Em todos os casos o réu teria feito cadastro como motorista do aplicativo utilizando-se do nome e informações de outras pessoas.

De acordo com as investigações policiais, os crimes eram praticados mediante ameaça com arma de fogo. A acusação é de que ele também pretendia roubar os celulares das vítimas, mas mudou de ideia e praticou os crimes de estupro.

"No caso dos autos, há risco para a ordem pública, porque o réu vinha praticando os delitos em série, até ser preso em flagrante pelos crimes praticados em Florianópolis. Trata-se de crime grave, não só abstratamente, mas no caso concreto", argumentou o Promotor de Justiça Eduardo Sens dos Santos ao requerer a prisão preventiva.

Referiu-se, ainda, ao caso de estupro consumado. "A vítima foi subjugada por arma de fogo e ficou em poder do réu por trinta minutos, em pânico, e mesmo assim o réu deu sequência ao seu desejo criminoso", completou o titular da 2ª promotoria de Justiça da Comarca de São José.

O Juízo da 1ª Vara Criminal da Comarca de São José recebeu as denúncias pelos crimes sexuais e determinou a prisão preventiva do acusado, como requerido pelo Ministério Público.

O Promotor de Justiça ressalta, ainda, que eventuais vítimas de outros crimes praticados pelo motorista devem procurar a Delegacia da Mulher mais próxima, para que seja possível buscar a responsabilização penal do acusado.