PostNo dia 20 de agosto de 2016, uma mulher grávida quase foi morta a facadas pelo ex-companheiro em Lages. A vítima foi atingida na região mamária e sofreu um derrame, mas ela e o feto sobreviveram graças a uma cirurgia de emergência. Segundo consta nos autos, o crime foi praticado porque o homem não aceitava o fim do relacionamento de sete anos.

Ele foi denunciado pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) à Justiça e o julgamento aconteceu na última quinta-feira (7), no fórum da Comarca de Lages. Os Promotores de Justiça Rafaela Póvoas Cardozo Lehmann e Fabrício Nunes atuaram na sessão do Tribunal do Júri, conduzindo a acusação com base nas provas coletadas pelos órgãos de inteligência e combate ao crime.

Os jurados decidiram condenar o réu por tentativa de homicídio qualificado, mediante emprego de recurso que impossibilitou a defesa da vítima (crime descrito no Código Penal). A pena foi fixada em seis anos de reclusão em regime semiaberto. 

"Crimes contra a vida abalam a sociedade, e a melhor forma de coibi-los é julgando e condenando os autores. Nesse caso, a vítima não morreu porque recebeu socorro médico a tempo, mas o agressor terá que arcar com as consequências dos seus atos", disse a Promotora de Justiça Rafaela Póvoas Cardozo Lehman.

A Justiça concedeu ao réu o direito de recorrer em liberdade. Se o recurso for negado, ele terá que passar as noites no presídio, além de usar tornozeleira eletrônica. Os nove meses que já foram cumpridos preventivamente serão descontados. 

AÇÃO PENAL DE COMPETÊNCIA DO JÚRI N. 0005542-43.2017.8.24.0039/SC