O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), por meio das Promotorias de Justiça de Araranguá, participou nesta quarta-feira (22/11) da 1ª Caminhada pelo Fim da Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher. A iniciativa é da 1ª Vara Criminal da comarca. Membros da Delegacia de Proteção à Criança, Adolescente, Mulher e Idoso, da OAB e da Polícia Militar também estiveram presentes.
Na oportunidade, todos os integrantes das Promotorias de Justiça entregaram panfletos à população com informações sobre a violência doméstica, além de carregar faixas fazendo menção à campanha do Ministério Público "Oi, meu nome é Maria".
"Esse tipo de engajamento é muito importante na luta contra a violência doméstica e familiar contra a mulher, que cada vez mais apresenta números alarmantes, sendo necessário que a população tenha consciência que pode contar com os órgãos públicos para dar um basta no ciclo de violência, principalmente com o Ministério Público de Santa Catarina", comenta o Promotor de Justiça Pedro Lucas de Vargas, titular da 6ª Promotoria de Araranguá.
"Oi, meu nome é Maria"
"Oi, meu nome é Maria. Conheça a minha história e transforme o futuro da sociedade". A campanha do Ministério Público catarinense busca levar a escolas de diversas regiões do estado informações sobre o combate à violência contra as mulheres e sobre questões relacionadas à Lei Maria da Penha, como direitos, garantias e medidas de proteção.
Por meio de palestras, Promotores e Promotoras de Justiça que atuam na área da violência doméstica conversam com adolescentes sobre a importância de prevenir e combater esse tipo de crime, além de informar os professores sobre a rede de atendimento local e gerar a sensibilização sobre o tema.
De acordo com dados do Observatório da Violência contra a Mulher de Santa Catarina, 56 mulheres foram vítimas de feminicídio no ano passado. O número representa uma taxa de 0,76 por 100 mil habitantes do estado. Ao longo do ano passado, o MPSC ofereceu 125 denúncias e obteve 233 condenações em processos de feminicídio.
Além da responsabilização penal de agressores, o MPSC busca sempre propor medidas que auxiliem na proteção da mulher e no aperfeiçoamento das políticas públicas.