Nesta semana, o podcast Momento MP faz alusão ao Maio Laranja, mês de conscientização sobre o combate ao abuso e à exploração sexual infantil. Para falar sobre o tema, o programa convidou o Coordenador do Centro de Apoio Operacional da Infância, Juventude e Educação (CIJE) do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), Promotor de Justiça Eder Cristiano Viana, a Promotora de Justiça de Rio do Oeste Lanna Grabriela Bruning Simoni e o Coordenador do Centro de Apoio Operacional Criminal e da Segurança Pública (CCR), o Promotor de Justiça Alessandro Argenta. De forma remota, também participou o doutor em Psicologia Experimental pela Universidade de São Paulo e pesquisador associado do Museu Antropológico da Universidade Federal de Goiás Raphael Moura Cardoso.  

"Devido à maior troca de informações, à maior liberdade de acesso e aos novos recursos disponíveis na internet, as nossas crianças e adolescentes estão mais expostas a riscos. Um deles é justamente o abuso e exploração sexual", afirmou o Coordenador do CIJE, Promotor de Justiça Eder Viana, sobre a vulnerabilidade dos jovens em uma realidade que migra, cada vez mais, para o meio digital. 

No episódio, foi reforçado o papel de instituições, dos familiares e da sociedade na formação de uma rede atenta a possíveis casos de abuso e exploração sexual infantil. O Promotor de Justiça Alessandro Argenta explicou que é muito comum que as crianças submetidas a esse tipo de crime se sintam culpadas e não relatem os ocorridos. Nessa perspectiva, a campanha "A culpa não é sua", do MPSC, busca enfatizar a importância do encorajamento do relato pela vítima e o acolhimento desta. "Trabalhar no acolhimento e acompanhamento das vítimas no momento posterior ao abuso é, também, fundamental", disse.   

O doutor em Psicologia Raphael Cardoso explicou que o monitoramento dos pais sobre a atividade virtual das crianças e adolescentes ajuda na identificação de casos de abuso. Falou, também, sobre a importância de ensinar os filhos a se protegerem nas plataformas digitais. "Da mesma forma em que a gente preparava a criança e o adolescente para frequentar a rua, nós devemos prepará-los para conviver na internet", afirmou. 

Ainda sobre o papel dos familiares, a Promotora de Justiça Lanna Simoni acrescentou estratégias práticas de proteção. "A instalação de antivírus, a limitação de tempo de uso de tela e a instalação de localizadores no celular podem trazer uma segurança maior para prevenir casos de vulnerabilidade da criança e do adolescente", explicou. Além disso, os entrevistados destacaram a fiscalização do histórico e do tipo de conteúdo como ações importantes no combate ao abuso sexual infantil. 

O programa também abordou os perigos das novas tecnologias na prática de crimes de abuso sexual, a atualização da legislação e a atuação do Ministério Público na proteção dos jovens. 

Se você suspeitar de algum caso de abuso ou exploração sexual de crianças e adolescentes, denuncie. Disque 100. 

Assista ao episódio completo aqui.