O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) reuniu os órgãos da rede de proteção dos municípios de Campo Belo do Sul, Capão Alto e Cerro Negro para reforçar a importância de uma atuação conjunta, buscando atingir os resultados almejados pela comunidade de forma célere e eficiente. A Promotora de Justiça da Comarca de Campo Belo do Sul, Raíza Alves Rezende, falou sobre importância de cada profissional no contexto da rede de proteção.

O evento contou com a presença de representantes dos Conselhos Tutelares, Conselhos Municipais dos Direitos da Criança e do Adolescente, Centros de Referência de Assistência Social (CRAS) e Secretariais de Educação, Saúde e Assistência Social dos três municípios.

"Foi um encontro muito positivo para encerrar o ano, pois reunimos agentes públicos de três municípios que enfrentam situações similares envolvendo a proteção da infância e juventude, da terceira idade e das pessoas com deficiência. Foi feita uma reflexão sobre os pontos de destaque e de melhorias neste ano. Essa troca de informações entre toda a rede fortalecerá em 2023 as ações de enfrentamento às violações de direito em nível local, possibilitando que as atividades consigam também prevenir essas situações. Nesse contexto, foi reforçado que todos atuamos para melhorar a realidade de cada um dos municípios", diz a Promotora de Justiça.

Ela também apresentou uma relação com os temas que geraram mais demandas à Promotoria de Justiça ao longo de 2022. Foram eles: situações de risco na infância (maus tratos, negligência, desestrutura familiar e abusos em geral); evasão escolar e falta de cursos e atividades de lazer; saúde mental e internações; alcoolismo e uso de outras drogas; violência e negligência familiar com a pessoas idosas ou com deficiência.  

Ao final, os participantes sugeriram ações práticas para reduzir os impactos sociais. Entre elas, a realização de projetos voltados à saúde mental, como a criação de grupos de apoio para os familiares; a implantação de cursos e atividades culturais para adolescentes do campo e da cidade; e a realização de cursos de atualização para quem realiza atendimentos que envolvem questões mais complexas, como violência sexual e doenças de ordem mental.

Debateu-se, ainda, a importância da aproximação entre a rede de proteção e as escolas, com a ampliação de projetos voltados à saúde mental e a realização de palestras para pais e professores. "São sugestões importantes, cuja forma de execução será avaliada a partir de agora, também em conjunto", conclui a Promotora de Justiça.

Rádio MPSC

Ouça o MPSC Notícias com a Promotora de Justiça Raíza Alves Rezende, que coordenou o encontro.

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