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Em Lages, três réus foram condenados por matar um homem na presença da esposa - grávida de sete meses - e do filho de apenas oito anos. Segundo consta nos autos, o crime foi praticado porque a vítima deixou de comprar drogas após livrar-se do vício. As penas variam entre nove e 12 anos, mas o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) irá recorrer para aumentar o tempo de reclusão. 

Os réus são dois irmãos e a esposa de um deles. Na noite de 13 de março de 2021, eles invadiram a casa da vítima, no bairro da Várzea, e, agindo em comunhão de esforços, mataram-na com um tiro, impedindo que a esposa gestante pudesse esboçar qualquer reação para impedir o crime. O trio foi denunciado pelo MPSC e submetido ao Tribunal do Júri.

O Promotor de Justiça Pablo Inglêz Sinhori atuou na sessão e os jurados acolheram a acusação, entendendo que todos os réus usaram recurso que dificultou a defesa da vítima, já que invadiram a residência em superioridade numérica portando uma arma de fogo, e que dois deles praticaram o crime por vingança, pois a vítima deixou de adquirir entorpecentes.

O autor dos disparos foi sentenciado a 12 anos de prisão pelo homicídio e a seis meses de detenção por dano qualificado, afinal ele também atirou pedras na residência da vítima, deteriorando o patrimônio. Já a mulher e o irmão foram condenados a nove anos e quatro meses de reclusão por terem impedido que a esposa da vítima interviesse em seu favor.

Recurso

O MPSC irá recorrer para o aumento das penas, requerendo 16 anos e nove meses de reclusão pelo crime contra a vida e mais seis meses de detenção ao autor dos disparos pelo crime de dano. Para o irmão, será requerida a pena de 14 anos de reclusão e, para a mulher, a pena de 11 anos e dois meses de reclusão.