O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) ofereceu denúncia por homicídio doloso qualificado contra os policiais militares Guilherme Palhano e Hébert Rezende da Silva pela morte do jovem Vitor Henrique Xavier da Silva, de 18 anos. A vítima foi morta por quatro disparos de arma de fogo, sendo ao menos um fatal, enquanto supostamente brincava de atirar em latinhas, com uma arma de pressão tipo Airsoft , no quintal de casa, no Bairro Ingleses, em Florianópolis.

A denúncia, oferecida pelo Promotor de Justiça André Otávio Vieira de Mello, detalha que os policiais se deslocavam utilizando touca tipo balaclava em patrulhamento silencioso. Guilherme desferiu os disparos de surpresa contra a vítima, sendo acompanhado e protegido por Hébert em toda a ação.

Mesmo sendo policiais militares, Guilherme Palhano e Hébert Rezende da Silva serão julgados pela justiça comum. Para o Ministério Público, os denunciados cometeram crime doloso contra a vida, uma vez que existiu desproporção entre a ameaça supostamente existente alegada pelos policiais que atenderam a ocorrência e a ação que, na visão da Promotoria de Justiça, foi precipitada, desnecessária e sem planejamento, moderação e razoabilidade. Assim, a competência de processamento do feito é da Vara do Tribunal do Júri, na qual, caso a denúncia seja recebida, os policiais serão julgados.

De acordo com o inquérito da Polícia Civil, os policiais militares alteraram a cena do homicídio após retirarem a arma de brinquedo do local do crime, o que prejudicou a reunião de informações para o laudo pericial. Em relação a este fato, foi requerido o encaminhamento do inquérito à 5ª Promotoria de Justiça da Comarca da Capital, com competência para processamento de crimes militares.  

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