O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) obteve a condenação de um homem que matou um desafeto no ano passado devido a uma dívida de drogas. O Conselho de Sentença reconheceu o crime de homicídio duplamente qualificado, por motivo torpe e emprego de recurso que impossibilitou a defesa da vítima, e o Juízo fixou a pena em 14 anos e quatro meses de reclusão em regime inicial fechado.

A Promotora de Justiça Luciana Uller Marin atuou no Tribunal do Júri. Um trecho da denúncia feita pelo MPSC resume a conduta do réu: "O contexto fático e o modus operandi evidenciam a gravidade concreta do ato praticado, bem como o nítido desprezo do denunciado frente a existência humana, notadamente porque ceifou sumariamente a vida de Dionei, o qual se apresentava indefeso, e, após, sem apresentar qualquer remorso, empregou fuga do local sem qualquer intenção de atenuar ou esconder os fatos, demonstrando nítida indiferença em face da responsabilização pela ação cometida".

O crime aconteceu em 15 de maio de 2021, no bairro Santa Cândida. Naquele sábado, o réu Alexandre Oliveira dos Santos persuadiu Dionei dos Santos Costa a encontrá-lo em um terreno baldio para devolver-lhe um moletom que havia sido empenhado no dia anterior devido a uma dívida de drogas.

Mas a intenção de Alexandre era outra: ele queria matar o desafeto. Ao avistá-lo, ele disparou dois tiros, consumando o intento criminoso. Ele fugiu do local enquanto Dionei agonizava, mas acabou preso e sentou-se no banco dos réus 18 meses após o crime. Ele passará os próximos anos cumprindo a pena.