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Em Criciúma, dois homens que mataram depois de se envolverem em brigas de bar foram julgados pelo Tribunal do Júri em agosto. O Promotor de Justiça Marco Aurélio Morosini atuou nos dois julgamentos representando o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC). Nos dois casos, os réus foram condenados pelo crime de homicídio duplamente qualificado por motivo fútil e recurso que dificultou a defesa da vítima. 

No dia 16 de agosto, Edmilson Mariano, mais conhecido como "Sarrafo", esteve em julgamento pelo Tribunal do Júri da Comarca de Criciúma e foi condenado a 14 anos de reclusão, em regime inicial fechado. O réu poderá recorrer em liberdade. 

Já no dia 24 de agosto, Francie Rufino Pedroso foi sentenciado a 16 anos e quatro meses de reclusão, em regime inicial fechado. Em razão de o tempo de condenação ser superior a 15 anos, Francie não poderá recorrer em liberdade. Sendo assim, foi expedido um mandado de prisão imediata, já que o réu acompanhou a sessão do Júri por videoconferência, pois atualmente vive no estado de Goiás. 

"O que chama a atenção em ambos os casos é que desentendimentos banais levaram a resultados extremos, com a supressão da vida das vítimas a partir de condutas praticadas no calor do momento. Além disso, os dois crimes foram marcados pela surpresa, de modo que as vítimas não puderam reagir adequadamente aos disparos de arma de fogo. Nesse sentido, o acolhimento pelos jurados dos pedidos de condenação formulados pelo Ministério Público, com todas as suas qualificadoras, mostra a reprovação da sociedade de Criciúma a delitos praticados nesse contexto, mesmo em se tratando de fatos ocorridos há cerca de uma década", pontuou o Promotor de Justiça.  

Após discussão num bar, réu foi atrás da vítima em outro estabelecimento para matá-la 

No dia 15 de outubro de 2011, após uma discussão com Ezequiel Carvalho no Bar do Shaim, localizado no Centro, o réu Edmilson Mariano atirou uma garrafa de vidro na cabeça da vítima e tentou, em seguida, feri-lo com o gargalo da garrafa, sendo contido por clientes do bar.  

Conforme a denúncia oferecida pelo MPSC, Ezequiel chegou a receber atendimento médico, com alguns pontos cirúrgicos.  

No mesmo dia, Edmilson foi até o Bar do Zé, situado no bairro Santa Bárbara, à procura de Ezequiel.  

De acordo com a ação penal, movido por motivo frívolo e mesquinho, Edmilson sacou um revólver e efetuou vários disparos contra Ezequiel, três dos quais atingiram a vítima, que não teve possibilidade de defesa e acabou morrendo por conta do ferimento que atingiu seu tórax.  

Depois de cometer o crime, Edmilson fugiu do local.  

Réu atirou na vítima enquanto ela estava pilotando uma moto 

No dia 7 de outubro de 2012, por volta de uma hora da madrugada, houve uma pequena discussão entre Marcelo Policarpo de Souza, Francie Rufino Pedroso, Julio David Ribeiro e seu filho adolescente num bar do bairro Ana Maria. 

Visando evitar qualquer tipo de conflito, Marcelo saiu do estabelecimento e foi embora pilotando sua moto.  

Conforme a denúncia do MPSC, Francie aproveitou a situação em que Marcelo se encontrava, de costas, e disparou diversas vezes contra ele.  

Marcelo conseguiu ainda percorrer aproximadamente um quilômetro, mas morreu em decorrência dos ferimentos sofridos.